domingo, 22 de junho de 2008

Equação de uma estação

Meia luz, frio, solidão, bolo de chocolate, coca-cola, James Blunt solando baixinho, um tico de medo, um teco de lamento, sou no exato momento um pedacinho, uma coisinha aqui dentro, e lá fora um mundo, acontecimentos, ventos, aproximação.
A estação fria que chegou na ultima sexta-feira, trouxe junto melancolia, saudades, imperfeição.
Telefone toca, ligação de um amigo, clamam-se por notícias minhas, saber como estou, dar boa noite... estou bem, não sei bem o que pensar, o que sentir, mas estou aqui, talvez segura, reclusa em minhas ponderações.
Considerando que esse talvez seja um dos invernos mais frios dos ultimos anos, penso que já houve invernos piores, posso ainda sentir os arrepios, que perduraram por uma primavera nem tão florida, um verão nem tão quente, e um outono que cumpriu seu papel ao fazer com que as folhas secas caíssem no chão e fossem arrastadas pelo vento.
Aprende-se com todas as estações que percepção tem ligação direta com a razão, e que os acontecimentos independem de ambas, são externos, alheios, indiferentes, inconsequentes, não condizentes.
Tudo queima... ainda que nada aqueça! Talvez tudo esteja sorrindo, e agora tudo o que eu mais quero degelou no inverno passado.

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